Melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é a meta que a empresária Roberta Faria, CEO da Mol Impacto, traçou para ela e trabalhadores e trabalhadoras da sua empresa. Desde janeiro, ela vem criando algumas medidas corporativas com foco no bem-estar. As primeiras foram reduzir a carga horária semanal de 44 para 40 horas e implantar o regime de trabalho híbrido.

Em janeiro, a empresa aderiu ao experimento "A Semana de 4 Dias", conduzido no Brasil pela Day Week Global, uma comunidade sem fins lucrativos que realiza projetos-piloto como esse em todo o mundo, e pela brasileira Reconnect Happiness at Work em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas) e o Boston College.

O projeto-piloto seguirá até junho, quando a Day Week Global divulgará um balanço com os resultados.

Horas vagas para se exercitar 

O projeto na MOL Impacto iniciou pelo setor de operações. Após os seis meses de implantação, que devem ser concluídos em junho, a empresa vai avaliar se será ou não estendido para as demais áreas.

"Ainda temos um mês pela frente para analisar e entender o impacto dessa experiência na empresa, mas temos observado mudanças inspiradoras, com funcionários que aproveitam o dia livre para fazer mais exercícios físicos, por exemplo ', declarou Roberta Faria, CEO da Mol Impacto.

Maior produtividade

Roberta diz que as equipes envolvidas no projeto-piloto têm se organizado para atender às demandas dos outros setores em quatro dias. "As tarefas são redistribuídas, reuniões otimizadas, prazos alinhados, buscando sempre o melhor aproveitamento do tempo e a integração do trabalho em equipe, para assim não comprometer o desempenho da empresa", diz.

Clientes aceitaram experimento

A empresária diz que, conforme o projeto evoluiu, não comprometendo as entregas e prazos alinhados, não teve nenhuma recepção negativa em relação à semana de quatro dias.

"Trabalhamos com inovação social e ações que deixem um impacto positivo no mundo, e isso começa dentro da empresa, por quem cria e faz o produto ou serviço virar realidade. Então, estudar propostas que possam engajar e melhorar a qualidade de vida dos colaboradores é uma prática que oferece vantagens para todos os envolvidos", explicou Roberta Faria, CEO da Mol Impacto.

A experiência exitosa da Semana de Quatro Dias revela que quanto menor a jornada de trabalho maior o bem estar do funcionário, o empenho e desempenho na atividade e, por consequência, a produtividade do trabalho. 

Ao contrário do que pensam vastos setores do patronato (o que não é o daso da Mol Impacto ne, de Roberta Faria) a redução da jornada faz bem não só à saúde do trabalhador e da trabalhadora, mas também da empresa e da produção.

Com informações de Márcia Rodrigues no UOL

Na foto Roberta Faria, CEO da Mol Impacto - Carol Siqueira/Divulgação