Escalas de trabalho no Brasil variam entre 6x1, 5x2, 4x4 e 12x36. PEC propõe mudanças visando impactar a qualidade de vida dos trabalhadores.
Por Renato Soares
No cenário político atual, as jornadas de trabalho no Brasil estão em discussão, principalmente a escala 6×1, que tem sido alvo de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
O tema, que mobilizou parlamentares, busca ajustar as condições laborais. A mudança proposta visa uma redução no tempo de trabalho semanal e a implementação de novas escalas.
Além da 6×1, outras escalas, como 5×2, 4×4 e 12×36, são comuns no mercado. A escolha depende das atividades desempenhadas e da necessidade de continuidade dos serviços. Essas escalas, cada uma com suas características, estão dentro do que a CLT permite, respeitando compensação de horas e descanso semanal.
PEC propõe mudanças na escala 6×1: veja as diferenças
A PEC, apresentada pela deputada Erika Hilton, do PSOL, sugere diminuir a jornada semanal para 36 horas. Essa proposta foi inspirada por Rick Azevedo, vereador do Rio de Janeiro.
A iniciativa busca melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, oferecendo uma escala 4×3, com quatro dias de trabalho e três de folga.
Funcionamento das escalas de trabalho:
Escala 6×1
Trabalha-se seis dias consecutivos com um dia de descanso.
Exemplo: trabalha-se de segunda a sábado, folgando no domingo.
Carga horária: até 44 horas semanais.
Comum em comércio e serviços.
Escala 5×2
Trabalha-se cinco dias com dois dias consecutivos de descanso.
Exemplo: segunda a sexta-feira, folgando no fim de semana.
Carga horária: 40 a 44 horas semanais.
Comum em empregos administrativos.
Escala 4×4
Trabalha-se quatro dias seguidos com quatro dias de folga.
Carga horária: 11 a 12 horas diárias.
Comum em serviços de vigilância e indústrias.
Escala 12×36
Trabalha-se 12 horas seguidas, com 36 horas de descanso.
Carga mensal não ultrapassa 220 horas.
Utilizada em hospitais e segurança.
Como pode ser observado, as diversas escalas de trabalho visam adaptar as jornadas às necessidades dos setores e garantir os direitos trabalhistas.
As propostas de mudança na legislação pretendem melhorar tanto as condições de trabalho quanto a produtividade, oferecendo maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
*Formado em Publicidade e Propaganda pela UFG, deu seus primeiros passos como redator júnior na agência experimental Inova. Dos estágios, atuou como assessor de comunicação na Assembleia Legislativa de Goiás e produtor de conteúdo na empresa VS3 Digital.